Oscar D’Ambrosio

Crítico e Curador de Arte; Graduado em Jornalismo pela ECA-USP;

Graduado em Letras Português/Inglês pela Faculdade de Letras e Educação da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Especializado em Literatura Dramática pela ECA-USP;

Mestrado em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da UNESP;

Doutorado e Pós-doutorado em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; Autor de diversos livros publicados na arte naïf e arte contemporânea.

Uma obra de arte é um castelo de cartas. Se algo estiver fora do lugar, tudo pode desmoronar. Luiz Bhittencourt busca estabelecer uma linguagem em que os diversos elementos pictóricos se relacionem de maneira que o conjunto traga uma percepção com potência visual e que permita múltiplas interpretações. A obra “Percepção IX” integra justamente uma série em que se torna essencial que a cordo fundo estimule a visualização de dois elementos essenciais na poética proposta. Um é a evocação das janelas como espaço simbólico de entradas e saídas existenciais da jornada humana, pois elas trazem a complexidade daquilo que se pode ver ou do que se deseja esconder. O segundo reside nas múltiplas percepções que são estimuladas, pois não existe uma leitura simplista do que é representado. A magia artística reside naquilo que é sugerido pela maneira de trabalhar com a composição, as formas e as cores.

Em referência a obra “Percepção IX”.